quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Ásia lidera em crescimento de celulares mas mostra atraso na Web

Por Khettiya Jittapong e Arada Therdthammakun

BANCOC (Reuters) - A Ásia continuará a propiciar forte crescimento ao mercado mundial de telefonia móvel devido à demanda sustentada na Índia e na China, os dois maiores mercados mundiais para esse tipo de serviço, informaram dirigentes de uma organização setorial.

Mas mesmo que a Ásia seja o maior mercado mundial de banda larga em números absolutos, fica abaixo dos Estados Unidos e da Europa em termos de penetração, já que apenas 3,6 por cento de sua população dispõe de conexão de alta velocidade com a Internet, de acordo com relatório da União Internacional de Telecomunicações (UIT).

A UIT, que congrega empresas e agências oficiais de 191 países, realizou uma conferência setorial em Bancoc esta semana.

A região Ásia-Pacífico abriga cerca de 1,4 bilhão de assinantes de telefonia móvel, o que representa 42 por cento do mercado mundial, e deve exceder os 50 por cento nos próximos dois anos, disse Hamadoun Touré, o secretário geral da UIT.

Índia e China somadas têm 900 milhões de assinantes de telefonia móvel, o que representa um quarto do total mundial.

"A cada mês, nove milhões de assinantes novos de telefonia móvel são registrados na Índia, um total que excede o da China. Esperamos que esse entusiasmo continue", disse N. K. Goyal, vice-presidente da Communications and Manufacturing Association of India, uma organização consultiva.

Mas apesar de a Índia representar o mercado de telefonia móvel com o crescimento mais rápido do mundo, apresentando um total de quase 300 milhões de assinantes, apenas 11 milhões de pessoas no país têm acesso à Internet.

Embora mercados desenvolvidos como a Coréia do Sul e Cingapura estejam entre as 10 economias mundiais com maior penetração doméstica de acesso em banda larga, a maioria das economias de renda baixa e média da região Ásia-Pacífico ainda oferece acesso limitado e dispendioso à Internet.

"A despeito da reputação asiática como potência em tecnologias de informação e comunicação, muitos dos países da região ainda enfrentam dificuldades para conectar suas comunidades a serviços básicos de fácil acesso", disse Touré.

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